Penso, logo escrevo!: #DIÁRIO2: O Brilho daqueles olhos

#DIÁRIO2: O Brilho daqueles olhos


Capítulo 1: O Brilho daqueles olhos

Bom dia mundo! Acordei contente hoje, nunca pensei que estaria tão feliz em plena segunda-feira para ir ao cursinho, ainda são 7:00am e eu sequer levantei da cama, estou pensando como será meu dia ao encontrar o Gui e seus olhos verdes. Aqueles olhos me remetem coisas tão boas, sabe? Tipo quando você está olhando pro nada com um sorrisinho bobo? Pois é, ele me deixa completamente assim. Me sinto uma debiloide. A Sophie diz que estou apaixonada por ele, mas não sei se é bem isso. Sabe quando a gente pensa que pode ser só um apego, uma carência e coisa e tal? Então, já confundi demais esses sentimentos e aprendi que confundir não é nada bom.

- Vanessa, ta na hora de levantar minha filha, vai perder a van – gritou a mãe.

- Já vou mãe, estou me trocando já.

Nunca fui lá aquelas meninas de levantar uma hora antes pra me arrumar. Isso não significa também que sou desleixada ou que não me preocupe com minha vaidade, pelo contrário, sou bem vaidosa.

- Bom dia mãe, viu só? Não me atrasei tanto, faltam 10 minutos ainda, dá até pra tomar um café.

- Minha filha, você anda dormindo muito tarde, isso não faz bem pra pele, depois que ficar velha e toda enrugada você não reclame, viu? – Disse dona Angélica.

- Ai mãe, só a senhora mesmo! – disse Vanessa sorrindo – Mãe vou esperar lá fora a van hoje, o seu Mustafá tem reclamado de esperar.

- Como se ele fizesse um favor em te levar Vanessa, a gente paga ele justamente pra isso – Disse a dona Angélica pouco irritada.

Ai, mães acham que entendem o mundo, né? Mal sabem elas como as coisas realmente são, mas o fato é que preciso ir logo, preciso ver logo o Gui e a Sophie, é claro.

- Bom dia seu Mustafá, tudo bem com o senhor?

- Bom dia Vanessa, milagre me esperar, hein? – Disse Mustafá com tom de deboche.

- Pois é seu Mustafá, pois é – Disse Vanessa sorrindo.

O seu Mustafá parece um senhor rabugento, mas no fundo sei que é alguém bom.

No caminho o relógio corre e fico pensando no dia como será, vocês verão... é o tédio de sempre.

Finalmente cheguei ao colégio e quem está  no portão me esperando? Não bobos, não é o Gui, é a Sophie, me aproximo e:

- Oi So, tudo bem?

- Oi songa monga – disse Sophie debochando da amiga.

- Ai amiga, passei a noite pensando no Gui e no que estou sentindo, será mesmo que estou gostando dele ou é só carência?

- Ai Van, não sei sinceramente, isso faz quanto tempo, nem uma semana?

- Ah, não! mas acho que já seja o bastante, ando pensando demais sobre isso – disse Vanessa com olhar pesaroso.

- Ai amiga, tudo bem que ele é legal e tal, mas acho que a prioridade agora é o vestibular.

Foi nesse momento que ignorei o que a Sophie tava falando, nada me importava mais naquele momento, apenas a visão que estava tendo. Guilherme acabara de passar em minha frente e eu, como sempre, me derretendo por ele. Até que:

- Oi Van... – disse Guilherme com um sorriso de canto de boca.

- Oi Gui – disse eu toda abobada.

Nossa, o Guilherme deveria me achar uma mongoloide, sério. As caras que eu fazia toda vez que ele se aproximava eram terríveis. AAAAAh, até esqueci de dizer pra vocês como ele é. Pensem num rapaz alto com cabelos negros e jogado de lado, sim, ele tem uma franjinha, olhos verdes e um estilo todo vintage. Agora me fale, tem como não se apaixonar? Isso porque vocês não viram a boca dele, toda rosadinha, ai, ai, quase morro.

Bom, vamos aos estudos que agora o bicho pega, 4 aulas de física, me desejem boa sorte.

Olha, acho que as energias foram positivas, chutem quem sentou do meu lado sem eu nem pedir a Deus... e não foi a Sophie desta vez. Sim, o Gui.... aaaaai meu Deus, to tendo uma epífise.

Apesar de estar transbordando de alegria, conversar no cursinho não era a melhor coisa a se fazer, estar ali e falar uma palavra ou desviar seu pensamento um segundo sequer trata-se de perder todo o conteúdo e não entender mais nenhuma vírgula, por isso, mantive o foco.

PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII – Tocou o sinal

Fim do período e como sempre o Guiga se despediu com aquele sorriso lindo me olhando no fundo dos olhos. Mal sabia ele que aquele olhar me tocava no fundo.

Bom, meu dia não foi muito além do cursinho, logo fui embora também. Sophie tinha manicure a tarde e eu como sempre passaria estudando e refletindo um pouco sobre a vida. Por falar em refletir, tenho lido um livro muito bom, chama-se Will & Will. Tem me feito pensar muito sobre a vida.

“Um dia desses, fico me dizendo, você vai aprender a calar a boca de verdade e não se importar. E até lá ... Bem, vou ficar respirando fundo porque a sensação que tenho é de que o ar foi tirado. Apesar de não chorar, certamente eu me sinto muito pior do que no fim de Todos os cães mereciam o céu.”

Esse pensamento do Will é um favorito, é bem assim que me sinto quando vejo o Gui: como se o ar fosse tirado de mim.

Ai ai, mas vamos parar de sonhar, com eles meus dias tem passado rápido demais e eu na verdade tenho tido pouco tempo pra viver todos esses sonhos. Por enquanto persisto apenas naquele da “profissão perfeita” pra mim.


Acho que vou descansar, me sinto cansada de pensar, nem tenho mais forças pra isso, bom vou nessa, amanhã tem mais.



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