Penso, logo escrevo!: #DIÁRIO4: O dia que a Terra parou

#DIÁRIO4: O dia que a Terra parou


Capitúlo 3: O dia que a Terra parou

Bom dia Brasil, tudo bem com vocês? Ontem no cursinho foi bem morno, viu? Mas hoje promete ser quente. Até porque faz um calor infernal aqui no Rio. Dizem que o calor afetam nossos neurônios, né? Devem ter afetado os do meu irmão também. Acho que perdeu a noção do perigo. O idiota desativou meu alarme e eu agora perdi hora pro cursinho. Chegarei lá e não garantirei mais o lugar ao lado do Gui, poxa, tudo indo muito bem! Mas vamos lá.

Minha mãe deveria saber que de manhã meu humor não é um dos melhores e mesmo assim provoca, me chamou de tudo quanto é nome e sabem por que? Perdi a van também. Aff, o que poderia faltar pra esse dia, um avião cair na minha cabeça? Menos de 20 minutos acordada e tudo isso já? Eu hein, sai urucubaca!

Chegando no cursinho corri pra não perder o conteúdo, até porque a aula havia começado há uns 20 minutos. Entrei correndo no auditório e me sentei lá em cima, distante de todos. Era aula de Botânica. Adorava o professor, seu apelido era “fruta” e não, ele não era gay, era dentista (risos, risos).

Não gostava de sentar longe da minha turminha, sim, turminha de 3 (risos, risos), mas não tive muita escolha né.

- Vanessa! – Ouvi um sussurro.

Procurei feito louca até que... Não creio meu Deus. Milagre ou o que? Fiquei boba gente! Ele estava me esperando pela primeira vez na vida, no ano, sei lá, fiquei boa, vou contar... ele guardou um lugar pra mim, acreditam????? Mas nãos serei boba, não posso ser fácil:

- Oi, que foi? – Disse eu, dando uma de João sem braço.

- Vem cá, guardei um lugar pra você – disse ele sorrindo.

Ai gente, derreti, sério... mas ao mesmo tempo que pensava que aquilo era perfeito ou poderia significar, pensava em como aquilo poderia ser apenas uma gentileza, ou que ele me via como amiga apenas, sei lá. Ele nunca me deu bola. E então juntei minhas tralhas, peguei meu celular e mandei um whatsapp pra Sophie: “Amiga, como você está? Melhorou? Não acredita quem guardou lugar pra mim, depois te explico melhor, beijo”.

A Sophie não foi ao cursinho hoje, ela acordou passando mal, mas não poderia deixar de dizer pra ela esse feito. É como se a Terra tivesse parado, ele é demais gente! Corri e me sentei ao lado dele.

- Obrigado Gui, me salvou de ficar sozinha – disse eu bancando a legal.

- Que nada, adoro sua companhia.

O queeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?????? Eu disse que a Terra tinha parado, agora então congelou, SOCORRO! Bom, vamos prestar atenção na aula Vanessa, foco, foco, foco! Respondi ele apenas com um sorriso (se querem saber [risos, risos]).

Sobre o sinal bater... as aulas por hoje chegaram ao fim, sim, finalmente!

- Agora sim posso lhe agradecer, obrigado por guardar um lugar pra mim. A So não veio hoje e pensei que ficaria sozinha – Disse eu sendo meiga e sincera.

- Van, claro que guardaria um lugar pra você, você sempre faz isso por mim, não teria porque não retribuir.

- Uma troca? – Ri tentando tirar algo dele.

- Digamos que foi gesto de gratidão e sutileza, pode ser? – disse ele rindo de canto de boca.

- (Risos, risos, risos) Bom, vamos dizer que sim... éééé... – ia dizendo eu quando fui interrompida, meu Deus.

- Vai fazer o que agora a tarde? Digo, após almoçar? Aliás, tem companhia pro almoço – disse o rapaz meio sem jeito.

- Ia, vou, ia... bom, ia pra casa – disse eu toda desconcertada com aquele papo que mais parecia um convite.

- Quer passar essa tarde comigo? Estou livre o período todo – disse com um ar de fofo.

- Claro, digo, tenho que avisar minha mãe – Eu não estou acreditando, gente, ele me convidou pra almoçar com ele? É isso mesmo? Cadê a Sophie nesses momentos, vou morrer!!!


Bom, não sou muito boa em encontros, mas acho que é hora de deixar acontecer... quem sabe assim o destino me surpreende? 


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